Temos diante de nós un novo panorama político. Volta o PP a governar a esta sofrida e formosa Terra. Volta porque foi votado pola maioria da população de Galiza. Com uma diferença de dois escanos , com relação ás anteriores eleições e com um número de votos não mui superior a aquelas, estes resultados implicam uma mudança radical de Governo na Galiza.
Diante deste feito muitas perguntas ficam no ar:
Que vai passar côa Lei de Proteção do Litoral? Com a proteção dos 500 metros da linha de costa?. Que vai passar com o recentemente aprovado Plano de Resíduos que prevê uma descentralização dos pontos de tratamento e a diversificação no mesmo, incluído a com postagem e a separação do lixo como princípio básico. Vamos retornar  á incineração como impôs, no seu momento, o Governo Fraga com a criação de SOGAMA?. A Central incineradora para toda a Galiza. 
Que vai passar com o meio Rural, a peça mais mimada do Governo que nos deixa? . Lembramos que, durante os 16 anos de Governo do PP, o agro galego  esvaziou-se  de gente e encheu-se de eucaliptos. Desorganizou-se como nunca antes na historia deste  Pais, plantaram-se  veigas e prados com  árvores de curto rendimento e abandoaram-se  as práticas tradicionais de cultivo que mantiveram um agro tão rico tantos e tantos anos. Preparando-o , desta maneira para arder....
Por isso agora, preocupada pergunto-me que vai passar com o nosso rural. Vai-se retomar as velhas políticas de destruição  da produção agrícola ou, póla contra , este governo traz alguma alternativa de futuro para o nosso empobrecido e desvalorizado agro? . Que se vai fazer com as UXFOR(Unidades de Xestión Forestal)? Que vai passar com o banco de terras? (Feijoo anunciara, há  já tempo que pensava eliminá-lo). Que tipo de política agrária van pór em prática.  Preocuparam-se  por revitalizar o rural, ou deixaram-no esmorecer pola sua conta?
Em quanto as políticas energéticas , outro temor me assalta:  Que vai passar com o Plano Eólico? Respeitara-se o resultado das adjudicações junto com o compromisso das industrias de deixar  uma parte dos seus beneficios para a  Xunta de  Galiza, ou repetira-se o velho modelo em que as empresas podam se instalarem   ca sem deixar nada a cambio, e sem qualquer respeito pólo ambiente, como o caso da Serra Do Xistral (p.ex.). Que vai passar com o conjunto de   concessões para centrais elétricas destinadas á Ribeira Sacra? Feijoo terá inconveniente que á sua Terra (Os Peares) continue a esmorecer contemplando a morte do rio por esganamento  e a da População  por simples lei de vida?
Que vai passar com a vivenda? Continuara-se com as vivendas sociais de proteção oficial? Com a recuperação dos cascos históricos? Com a norma do Habitat que garante a saúde e a habitabilidade  dos nossos lares?. Com o concepto de vivenda sustentável que estaba s a ser implementado póla Conselharia do BNG?
Que passara com o servizo  Galego de Benestar? 
Pelo que respeita ao concepto de Galiza como País, deixarám que as vias de comunicação cheguem tarde e mal, como véu acontecendo até agora?. Esqueceram-se  agora do tren de cercanias e de proximidade que defenderam no Concelho de Lugo ?. Recuperarão as vias de comunicação entre Lugo- Barcelona e Madrid completamente eletrificadas? . A linha Lugo Ourense que está prevista para ser de via simples, reclamarão que seja de dupla via eletrificada? Que vai  passar com Lugo e o seu crônico isolamento por comboio? Reclamarão uma via férrea com Santiago de Compostela e mais com a Marinha para romper esse fatal circulo viçoso da pobreza e do isolamento que vai caracterizando a Lugo?
Que vai passar com a música, com a fala, com a cultura e o arte em geral? Qual a estética em que nos vamos ver refletidos como povo e que será a expressão da ética política e social que o novo Governo defende? As lembranças, ainda na memória recente destas expressões culturais na época anterior do PP  faz-me  arrepiar .
Poderão  os pais que assim o quiserem educarem aos seus filhos em Galego? (empresa , ainda hoje  impossível )
Tenho todas essas perguntas,e ainda mais , porque na campanha eleitoral  escutei mais acerca da suja vida política de Madrid que dos nossos problemas. A lama tapou a iniciativa daqueles que pretenderam mostrar ao público logros, propostas ou projetos. Ficou bem palpável a capacidade da direita para construir insidias e miseráveis argumentos que acabam por formular a reflexão tão “manida” de que “todos são iguais”. Nesse barulho mediático ficou oculto que o modelo neoliberal tinha estourado produzindo esta grande e grave crise em que estamos mergulhadas  e que esse é , precisamente, o modelo que  sempre tem defendido o PP porque forma a sua ideologia . 
Por isso deixo ir no ar todas estas reflexões, mais que dúvidas , expressão da minha fonda preocupação pólo futuro mais imediato da Galiza, o meu País.
			Adela Figueroa naceu en Lugo. É catedrática de Bioloxía-Xeoloxía no IES Lucus Augusti. Participou na fundación de organizacións como ADEGA ou a AS-PG e é tamén portavoz de Nunca Máis en Lugo. Ten xa unha numerosa obra científica e literaria. Na actualidade é presidenta de ADEGA. »